Tuesday, March 18, 2008

Areia e pó...


Dói-me o corpo e a alma cada vez que te vejo partir
Parece que a qualquer momento o meu mundo vai ruir

Custa-me deixar-te, nem que por breves momentos
Mas sei que é apenas saudade esta dor que me invade

Este arrepio que me gela a pele, contrasta na dor que me queima por dentro...
Ás vezes desejaria não sentir... Não sentir nada,

Ser seca de toque e sentimento,

Ser cinzenta, sem nada mais a acrescentar

Amar custa-me tanto que às vezes queria deixar de ter

Sem perder e sem sofrer por nada

Ser apenas eu, areia e pó, vagueando por aí algures...

Mas viver sem amor não me veste a pele...

Pareço sufocar ao pensar que tudo isto pode ser em vão
A minha paixão é também a minha maior preocupação

Amar-te fragiliza-me, eu sei, mas não comanda a minha vida...

Enquanto eu te quiser e te gostar, deixo-me levar...


Pergunto-me muitas vezes qual o meu papel,
Faço por compreender o teu mundo
mas não me sinto parte dele
Sei que há em ti lugar para mim

Mas não sei se nesse mundo existe um espaço assim

Sigo-te com o olhar a cada partida

e pergunto-me o que muda isto na minha vida...


... Ai, que canseira...
Já não quero escrever...

Não me apetece pensar mais...
Sofro, desta vez em silêncio...


1 comment:

Shutter said...

Pareces o Fernando Pessoa.. tantos heterónimos tantas personagens pareces encarnar.. Fantástico.. ele era esquizofrénico, drogado, homossexual a pergunta que se impõe é-- és parecida com ele?!

Ps:A Tasca ja tá aberta!